segunda-feira, 13 de julho de 2015

Ai o dinheiro...

Como se previa isto começa a aquecer cedo, começo a ter cada vez menos duvidas que vai ser um campeonato a ferro e fogo. Alguns jogadores vão chegando outros saindo e enquanto a bola não rola o que discute é de onde vem o dinheiro, e se é "limpinho" ou não. Tema que já tinha vinha sido debatido mas que ganhou contornos diferentes quando a Ana Gomes decidiu pedir esclarecimentos sobre a nossa forma de financiamento.
Cada clube gere o dinheiro da maneira que entender, o SCP decidiu investir cerca de 20% do seu orçamento em JJ, por acreditar que conseguirá aumentar a "Performance" da equipa, o FCP decidiu investir mais de 20M num único jogador e o SLB vende jovens da formação pelo preço tabelado de 15M com uma facilidade surpreendente.
O SCP o ano passado "gastou" ligeiramente mais de 10M em mais de uma dezena de jogadores, este ano irá "investir" o mesmo em 3 a 5 jogadores que vão aumentar a qualidade da equipa. Jogadores internacionais com experiência não são baratos sempre acima de 1M/ano (agora é sem impostos que se diz o vencimento) mas na teoria vão contribuir muito mais para a equipa do que pernetas de países de terceiro mundo, para alem de que entusiasmam muito mais os adeptos do que os anteriores.
O FCP comprou Imbula por 20M, já vendeu Jackson por 35M, no ultimo dia do mês passado para as contas ficarem "bonitas". O valor da transferencia surpreende, o jogador mais caro da história do futebol português, pelo que se fala estará apenas em transito e no final desta época sairá pelo dobro, mas não é menos verdade que gastar 20M num jogador é igual que gastar 20M em 3 ou 4 e o FCP e o FCP gastou bem mais o ano passado por exemplo.
O FCP trabalha com a Doyen, grande parte do financiamento para a sua actividade é por essa via, e não vejo onde está o mal nisso. A doyen mete dinheiro em clubes para rentabilizar o seu investimento (e nunca saí a perder mas é o preço que os clubes pagam na tentativa de terem melhores jogadores). O dinheiro da Doyen é "pouco claro"? Talvez seja, mas a "clareza" do dinheiro do futebol é algo raro e NINGUÉM em portugal pode falar muito neste caso.
Portanto acho até perfeitamente normal que a Doyen escolha como parceiro de negócio em Portugal o FCP , já que o SCP quis quebrar o acordo, já que tem sido o clube que melhor valoriza os seus activos nos últimos anos, por isso e tem toda a lógica que assim seja que os jogadores que chegavam por essa via tinha preços diferentes para o FCP e para o SCP por exemplo. Se eu pedir 4M por 50% do passe e ficar com os restantes 50% e um clube valorizar o seu passe para os 10 ou 15M e outro clube só o conseguir valorizar em 8M quando em muitos casos o desvaloriza, tenho que pedir mais no acto de venda para acautelar o risco (que é maior) de uma possível não valorização.
O SLB tem outra forma de "financiamento", vende jovens por 15M como estivesse a vender gelados, Bernardo Silva valerá 15M agora, mas não valia quando foi vendido, o mesmo se passou com André Gomes, e quando se fala em Cancelo ou Cavaleiro é uma gargalhada pegada.
A verdade é que mesmo o SLB que é o clube em Portugal que mais receitas gera fora a sua actividade principal (note-se que nem SCP nem FCP anunciaram o seu patrocinador para a próxima época) precisam de arranjar formas de financiar o investimento na sua equipa de futebol.
Já tivemos tempos que se dizia que orçamentos não vencem campeonatos, mas ninguém duvida que com melhores orçamentos se consegue trazer melhores jogadores e fazer melhores planteis o que não quer dizer que se consiga melhores classificações mas a probabilidade é muito superior.
Saudações Leoninas
PS- Quando escrevi este Post circula a noticia que João Pereira regressará ao clube, uma escolha que reforça a ideia que queremos jogadores para ganhar já, fortes apostar desportivas sem pensar em valorização de activos (que aconteceu o ano passado). Que seja feliz é o que desejo.

1 comentário:

Rodrigo disse...

Que confusão de post.
Quem acreditar que esse dinheiro entra nos cofres do porto e do benfica só pode ser muito ingénuo.