Selecção, o que fazer?

Não é a primeira vez que o digo mas a selecção não me entusiasma muito. O que me faz realmente vibrar é o meu Sporting mas isso não me faz ficar indiferente a tudo o que se tem passado.

Nos últimos dias temos assistido a debates com as mais variadas pessoas sobre o momento da selecção e do famoso caso Carlos Queiroz.
Sobre o treinador a minha opinião é que é bom para ser adjunto, teve das melhores equipas de sempre do nosso clube e ganhou apenas uma taça de Portugal mas o que realmente faz-me não gostar dele é que o considero um vendido. E penso que não será necessário dizer a quem se vendeu.

Mas a culpa do actual estado da nossa selecção não é só do treinador.
Nestes últimos debates que têm surgido sobre a selecção alguém falou que a qualidade da selecção já não era a mesma porque não conseguia haver uma renovação dos jogadores devido à falta de qualidade dos jovens jogadores nacionais.

Isso é bem verdade, mas qual será os motivos para isso acontecer?
Para mim um dos motivos é a quantidade de estrangeiros que vemos nas equipas seniores e continuando agora de forma ainda mais grave na formação.
Surgiu esta semana um artigo na ultima pagina do record, de forma escondida, que o SCP era o clube que mais portugueses tinha utilizado na época passada, nunca tendo baixado dos 8 portugueses em todos os jogos oficiais. Noticia que não dá pontos (muito pelo contrário) mas que talvez explique o caminho que a selecção leva.
No mesmo sentido, hoje sabemos que o SCP é o único clube nacional que cumpre a exigência da UEFA de ter pelo menos quatro jogadores formados no clube na lista que envia para as competições europeias. Dá pontos? Não. Dá orgulho? Sim. Quer dizer alguma coisa sobre o estado da selecção? É bem provável.

Passemos à formação, não é segredo para ninguém, até porque a ultima fase final de juniores foi televiosionada que os planteis dos 3 grandes estão cheios de estrangeiros. Uns têm mais que outros (o SCP mesmo assim reduziu este ano o numero de estrangeiros) mas para mim continuam ser demasiados. Chegamos ao cumulo de ver uma equipa como o nacional da madeira em que 80/90% do plantel é brasileiro. Com estes exemplos queremos que os jovens nacionais apareçam como? Só se for através de naturalizações não vejo outra hipótese.

Penso que teremos que tomar verdadeiras medidas estruturais:
- Limitar o numero de não comunitários por equipa (como acontece em Espanha)
- Limitar o numero de contratações de jogadores não comunitários que não joguem no nosso pais. (como acontece em Itália)
- Limitar a entrada de jogadores no nosso Pais que não sejam reais mais valias para o nosso campeonato (como acontece em Inglaterra, obviamente com critérios claros e que não criem duvidas a ninguém).

Alguma coisa terá que ser feita, as 3 de uma vez, apenas uma, ou outra qualquer mas alguma coisa tem de se fazer porque como estamos penso que não é solução e apenas trocar o seleccionador não resolve todos os problemas.

Saudações Leoninas