segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ainda o Derby


Existiram coisas que já se podem dizer com alguma certeza que mudaram na nossa equipa e no nosso clube:

- A forma como defendemos todos os esquemas tácticos. Era, e penso que não se pode dizer que já não é, um dos nossos pontos fracos. Temos um equipa de estatura baixa onde os jogadores mais altos não são propriamente fortes no futebol aéreo, e jogávamos perante uma equipa que quanto a mim é a mais forte a esse nível em Portugal.
Fiquei bastante admirado e claramente pela positiva com a forma que os anulámos tirando, senão a sua maior arma, das maiores sem duvida.
Mérito ao trabalho de Carvalhal neste aspecto.

-A forma como saímos de situações de pressão no nosso meio campo defensivo. Se antes quando éramos pressionados a nossa 1º opção era jogar nos nossos avançados, jogando pelo seguro mas com a probabilidade de perder a posse de bola, agora tentamos reduzir o futebol directo ao máximo, jogar apoiado mesmo pressionados, o que como é óbvio, trás vantagens em termos de posse de bola e na construção de jogadas ofensivas mas corremos o risco de perder a bola junto à nossa área que pode ser fatal.

- O ambiente criado em Alvalade. Foi fantástica a forma como "abafamos" os lampiões, grande coreografia, grande apoio vocal, grandes DENTRO e FORA do estádio. Os campeões também se fazem assim!

Para finalizar duas notas apenas:

- O relvado continua péssimo, e até se arranjar uma solução para o que se passa (que dificilmente será antes do final de época, já que não existe tempo para substituir um relvado natural), não seria má ideia, ou pelo menos, uma ideia tão descabida quanto a mim, colocar um relvado sintético como existe na Rússia, onde se joga a Champions, piso onde foi já foram disputados campeonatos do mundo sub-17 e sub-20.
Não sei o valor de um relvado sintético mas deverá ser bastante inferior a um relvado natural, o tempo de colocação deverá ser muito inferior e a manutenção será bastante mais barata.

- O SCP podia oferecer ao Trio Argentino dos Lampiões (Porcos ficam ofendidos) umas mensalidades no ginásio, é que o Levezinho comparado com esses três é um sempre em pé!!!

Saudações Leoninas

9 comentários:

Anónimo disse...

Bitaites!É o que dá falar do que não se sabe."Não sei o valor de um relvado sintético mas deverá ser bastante inferior a um relvado natural,"Pois fique sabendo que é estrondosamente mais caro.

JL disse...

E é estrondosamente mais caro do que 3 ou 4 relvados naturais por ano, que é o que o SCP precisa para ter condições a época toda?

É estrondosamente mais caro manter um sintético do que um natural?

Parece-me claro que o relvado é um problema estrutural.

O Arq. Taveira, certamente distraído por outras...proclividades, não terá ponderado as necessidades de um relvado em termos de exposição solar, temperatura, etc.

Desde 2003 que temos este problema, que já foi do Pithium, esse fungo maldito que desgraçou relvados uns em cima dos outros, aos concertos, etc., o SCP raramente se apresentou com um relvado decente.

Assino por baixo: a solução é abrir os cordões, pôr o melhor sintético do mundo e acabar com esta chatice quase trimestral do relvado.

Uma nota para os comentários dos lampiões sobre a relva: Com tanta queixa, aparentemente o SCP terá descoberto um relvado especial, cujo mau estado prejudica apenas uma das equipas.

A inteligência orc no seu melhor.

SL

Anónimo disse...

Um sintético não é solução. A questão nem é ser caro, mas sim o maior perigo de lesões! Além disso não faz sentido o SCP treinar na academia(relvado natural) e jogar num sintético. Apenas quero lembrar que o tapete verde colocado na época passada e que foi removido após o concerto do acdc estava em óptimas soluções. Este não é um problema exclusivo do scp, clubes como o ajax e real madrid também o têm! É necessário os entendido na matéria estudarem as opções e encontrarem a melhor solução. Agora uma certeza eu tenho, sintético nem pensar.

Nuno Pereira disse...

Só um aparte que pode não ser assim tão aparte...antes de me referir sobre o relvado. Fantástica coreografia da juve!!!! Fantástico público.
Esta situação é deveras ingrata, e como já foi referido outros clubes passam ou passaram pelo mesmo.
O Ajax e o arena de amesterdão ( estádio que foi um dos modelos de inspiração e de exemplo, parta construção do nosso, pois era um dos mais modernos na altura ) chegaram a substituir o relvado umas 8 vezes num ano. Lá como cá, existe um fosso que é mais estreito e menos profundo, mas a cobertura é mais cerrada, deixando passar menos ar. Após várias substituições sistemáticas de relvado, estudos etc, eles decidira abrir nos cantos, nas entradas ao nível dos cantos do relvado, umas aberturas maiores directas desde o interior ao exterior do estádio. Isso solucionou o problema porque facilitou a circulação do ar ao nível do relvado.

No Alvalade, na minha opinião, o fosso devia desaparecer, pois não é mais do que um infeliz buraco arquitectónico ( qual muro de Berlim ) ao bom senso, à racionalidade do espectáculo em si, pois distância e tolhe o apoio do público à sua equipa, sendo um histórico e enorme tiro no pé. Aquela gravata de cimento que envolve todo o relvado não faz sentido, e devia seguir-se o exemplo do Ajax, e melhorá-lo à nossa realidade... Rebaixar o relvado até ao limite do fosso, prolongar as bancadas centrais ou as todas as 4 até ao limite do relvado, e abrir mais os acessos nos cantos no relvado, ligando-os directamente ao exterior do estádio. Perdia-se alguns lugares no 1º piso do parque de estacionamento ( podem fazer mais lugares junto ao novo pavilhão ) mas resolvia-se definitivamente este encargo financeiro, e a força e o apoio, transmitidas para a equipa, pelo público nas bancadas seria bem maior.

Resolvia-se dois imbróglios de uma vez.

Anónimo disse...

Caro Leão Revisor, o sintético não deve ser a solução, é verdade que no estádio Luzhniki, em Moscovo, está instalado um relvado com essas caracteristicas, no entanto esse relvado foi mudado propositamente para um piso natural aquando da realização da Final da Champions nesse mesmo estádio entre o Man Utd e o Chelsea, tendo sido reposto o sintético após esse jogo.

Os sintéticos, pelo menos os existentes até à data, ficam muito atrás dos relvados naturais, o piso é excessivamente rigido e bola anda sempre aos saltos, prejudicando a qualidade do jogo e dificultando muito a tarefa dos jogadores. Além do mais basta recordarmos o jogo do Sporting em Moscovo frente ao Spartak no estádio referido pelo Leão Revisor, e ver a dificuldade que os jogadores do Sporting tinham para controlar a bola, e alguns deles até para manterem o equilibrio no terreno...

A solução deveria passar por uma alteração estrutural do estádio como referiu o Nuno Pereira anteriormente. Não sei se a solução apontada por ele é a mais correcta, mas penso que deveria ser feito um estudo de modo a promover uma alteração na estrutura do estádio que permitisse ao relvado obter as condições necessárias ao seu desenvolvimento e manutenção adequadas.

Certamente que isso terá alguns custos, mas a elevada troca de relvados também tem, a juntar aos custos não monetários que a fraca qualidade do relvados acarreta.

Anónimo disse...

Também discordo que o sintético seja solução, até porque já joguei num, e sou bom jogador atenção (lol), e a bola tem um comportamento completamente diferente...basta dizer que bocadinhos de borracha minúsculos substituem a terra...Não devem ser todos iguais, mas parece-me uma solução mais adequada para países com um clima muito adverso, de muito frio, neve e gelo.

Era estudar a planta do estádio, e ver se essas aberturas e esse rebaixamento do relvado, e prolongamento das bancadas pode ser feito. O fosso não faz nenhum sentido...deve ser o único estádio do mundo com um fosso daquele tamanho, e como voltámos a ter 100000 sócios, porque não aproveitar esse erro arquitectónico que foi o fosso e ampliar em alguns lugares a capacidade do estádio. 2 ou 3 mil fosse o que fosse, mas só o facto de o público estar mais perto do relvado já nos colocava em igualdade de circunstâncias com as outras equipas. Mesmo que não fosse possível abrir até ao exterior a partir de um dos cantos, porque está lá uma loja ou uma escadaria ou um pilar etc, bastava abrir até ao exterior 2 dos acessos nos cantos ou mesmo um, para que o ar circulasse ao nível do relvado e fizesse respirar e crescer o mesmo.

SL

Sporting até morrer disse...

Boas,

Deixo-vos uma notícia sacada da internet que foca as principais vantagens e desvantagens de um relvado sintético.

Continuo a acreditar que um relvado natural pode ser preferível pelo futebol que se pratica ser de qualidade muito superior, mas também pelo número de lesões ser significativamente inferior.

Julgo que o nosso objectivo único é criar condições para que o relvado de Alvalade tenha condições para resistir às condições adversas de temperatura e exposição solar.

Artigo:
"Sabe-se que o mercado dos relvados sintéticos, considerados por muitos como o futuro dos campos de futebol, está a desenvolver-se a bom ritmo. Existem já diversos campos com pisos sintéticos. Os resultados têm sido positivos e prevê-se que outras equipas que ainda não tenham campo relvado optem por este tipo de piso em futuros projectos de requalificação.
As vantagens principais de um relvado artificial prendem-se, sobretudo, com a vertente económica. Um aspecto decisivo em que os clubes se debatem, sempre, com limitações financeiras. Aliás, a maior concentração de pisos sintéticos verifica-se no interior do País. Dos distritos de Évora a Bragança, esta tem sido a escolha de clubes e autarquias para equiparem os respectivos recintos, privados ou municipais. É que, embora a instalação seja mais cara do que a relva natural, os sintéticos revelam-se mais rentáveis logo ao fim de um ano. Fundamentalmente porque as despesas de manutenção são quase nulas – não são necessárias regas, nem cortes, nem tratamento com pesticidas porque não são afectados por agentes biológicos.
Outro aspecto a favor dos sintéticos é o elevado número de horas de utilização que permite: mais do dobro, em comparação com o relvado natural, o que permite fazer mais jogos em menos tempo. Isto para além de a superfície de jogo se manter consistente ao longo de toda a época, ao contrário do que acontece com a relva, que se vai tornando irregular e que, em caso de chuvas intensas corre o risco de se tornar imprópria para a prática do futebol.
Mas nem toda a gente, principalmente entre a comunidade futebolística, está convencida. Treinadores e atletas continuam a preferir a relva natural aos pisos sintéticos. Mais por uma questão “romântica”, do que propriamente pelas diferenças técnicas entre as duas superfícies.
Por outro lado, alguns especialistas na matéria, sobretudo médicos ligados à área desportiva, dizem já ter detectado malefícios no uso dos pisos sintéticos. Estudos de várias entidades indicam que os atletas tem mais 50 por cento de probabilidades de contrair lesões musculares, rupturas de ligamentos e queimaduras, uma vez que a superfície é mais abrasiva. Um estudo do Stanford Reaserch Institute identifica mesmo uma lesão muito comum aos atletas que actuam neste tipo de superfície, que raramente acontece com relva: “Quando o jogador, na disputa de um lance, desliza pela relva com um dos pés à frente, a ponta da bota pode enterrar-se na relva. Numa superfície natural, o terreno cede à força do pé do atleta. Num piso artificial isso não acontece, e o dedo grande do pé é que suporta todo o peso desse movimento. O que por vezes acontece é que o dedo não aguenta a pressão e é impelido para dentro do pé, rompendo os tecidos que encontra”.
Outro dos inconvenientes é o facto de um piso sintético necessitar de calçado adequado. Os pitons de alumínio não podem ser utilizados, e mesmo os de borracha não são muito aconselhados, porque prendem em demasia na relva, limitando os movimentos do atleta, e porque se tornam algo desconfortáveis ao jogador.”

Lyon Hearth disse...

Quanto aos revaldos não teço opinião, quem projectou o estadio e o relvado que ele iria levar e as condições a que ele iria ser sujeito que descalce a bota. Quanto a mim tudo se trata de um micro clima criado essencialmente no verão que devido ao calor que incide e a falta de arejamento o torna vulneravel. Mas claro é só uma opinião.
O que me leva a tecer comentario é que:
Então quando eu há meses atras aqui disse que o Sporting jogaria melhor com 2 trincos ( tal como nos anos de Inácio e Bolloni)toda o pessoal me chamou maluco e agora já é correcto?
Quando eu disse aqui que o sistema (de PB) estava gasto e que não tinha os jogadores certos nos sitios certos, diziam que eu não percebia de futebol.
Era simples de se ver, no momento em que alguem coloca-se 2 médios defensivos o Sporting melhorava de rendimento do dia para a noite. Eu até nem sou apreciador de Carvalhal, mas dou-lhe o merito e a inteligencia de o ter feito.
E ainda vai melhorar mais. Jé perceberam qual e o melhor lugar de Moutinho? Médio defensivo tal como na formação.
Lyon Heart

Lionheart disse...

www.fieldturf.com

O futuro. Na América esta superfície inovadora está a substituir os relvados naturais porque não seca, não ensopa, não enlameia, tem muito menos custos de manutenção e é praticamente idêntica à relva natural, sem ter por isso o problema tradicional das relvas artificiais de serem superfícies duras e que provocam queimaduras na pele. A ver com atenção.